Faze brilhar a tua propria luz,
Nao importa que seja pequenina
A luz que acendes sobre a escuridao,
Semelhante a singela lamparina...
Ou que seja, quem sabe, humilde vela
Que clareie na estrada tao somente
Os passos do andarilho ja cansado,
A vagar entre as sombras, lentamente.
Se nao podes brilhar feito uma estrela
Que irradia, nos Ceus, o excelso lume,
Que sejas sobre a Terra, onde estiveres,
Ao menos o piscar de um vagalume.
Acende a tua luz inda que seja
Anonima candeia, debil flama,
A tremular no peito, vacilante,
Na timidez da crenca que proclama...
Acende a tua luz sem que te esquecas
Que nem o Sol na rota em que se esgueira
Consegue iluminar, ao mesmo tempo,
De um hemisferio ao outro, a Terra inteira!
EURIPEDES FORMIGA
pelo medium
Carlos A. Baccelli
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